Nova variedade de banana é lançada em Schroeder

A equipe da Estação Experimental de Itajaí e o escritório municipal de Schroeder da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) realizaram na última quinta-feira, dia 01, o lançamento da nova cultivar Banana BRS SCS Belluna. O evento aconteceu na Associação Empresarial de Schroeder.

Além de ser resistente às principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial, apresenta qualidades nutricionais diferenciadas que a tornam uma opção como alimento funcional. Mostrou-se rica em fibras e com menor conteúdo de carboidratos e valor calórico que as cultivares comerciais. Além disso, possui quatro vezes mais amido resistente que a Grande Naine e duas vezes mais que a Prata-Anã.

Os estudos foram feitos por meio de uma parceria entre a Epagri e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa). Resultado de uma expedição para coleta de germoplasma realizada por técnicos da Embrapa na Tailândia em 1985, com posterior introdução no Banco de Germoplasma de Banana mantido em Cruz das Almas. Após avaliações agronômicas nos campos experimentais, a cultivar mostrou-se promissora e foi enviada para diferentes regiões brasileiras para validação final, incluindo Santa Catarina, onde Epagri foi a responsável pelas avaliações agronômicas e sensoriais.

A nova cultivar é uma bananeira naturalmente biofortificada, o que a coloca em posição de destaque quando comparada às cultivares hoje em uso pelos agricultores brasileiros. É indicada tanto para o consumo in natura quanto processada, em especial sob a forma de farinha, chips e passas (banana desidratada). 

A BRS SCS Belluna é resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá e moderadamente resistente à Sigatoka-negra, principais doenças que causam danos à bananicultura brasileira e mundial, e é excelente opção para cultivo em sistemas intensivos de produção orgânica e/ou agroflorestal. A produtividade média é em torno de 30 toneladas por hectare ao ano, podendo chegar a 40 toneladas/hectare/ano.

A escolha do nome “Belluna” é uma homenagem à cidade de Siderópolis (SC), que em anos passados era chamada de Nova Belluno, uma menção à Comuna de Belluno, no norte da Itália, região de origem dos imigrantes que fundaram a cidade em 1882.