A história de Schroeder começa já com o casamento de dona Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga (de Bragança e Orleans) (1824-1898) e o Príncipe François Ferdinand Philippe Louis Marie d’Orléans (1818-1900) que com o casamento passou a residir fora do império. Recebem em dotes terras e apólices da dívida do império. Ao príncipe coube o dote de 1000 contos de réis em apólices, mas em compensação, obteve ainda, em favor do patrimônio total, terras a serem por eles escolhidas num ou mais lugares, nas melhores localizações da então província de Santa Catarina, num total de 5 mil léguas em quadro ou 25 léguas quadradas, de 3000 braças, segundo a lei de 25 de janeiro de 1909, equivalente a uma superfície de 46.582 hectares. E foi destas terras que depois de mandar escolhe-la, medi-las e demarca-las através de seu procurador, senhor Francisco Leôncio Aubé, o príncipe cederia mais tarde, mediante ajustes, uma área inicial de 8 léguas, em alienação perpétua, ao senhor Christian Mathias Schroeder (de Hamburgo), de origem pomerana, para que colonizassem segundo as condições do contrato, tendo prometido a cessão de mais 12 léguas.
Assim em 1901, colonos vindos de colonizações vizinhas, adquiriram terras nas imediações da comunidade de Schroeder I, e assim, suas terras foram sendo povoadas com elementos, quase todos de descendência germânica, da religião Evangélica Luterana, oriunda da reforma de Lutero. Esses colonos de instalaram mata adentro, seguindo as margens do rio Itapocuzinho e depois as margens do rio Braço do Sul, pois o mesmo fica a oeste do município.
Também em 1901, o senador Wilhen Köplin, adquiriu terras nesta comunidade (hoje prainha) que doou às suas quatro filhas, entre elas a senhora Helena Köplin (Gneipel) e Ana Köplin (Muller). As terras doadas foram na maioria para as famílias Gneipel e Muller.
Também no inicio da colonização do município, na localidade de rio Hern, havia uma serraria e a tafona (moinho de milho) pertencentes ao senhor Jabob Pfleger, que atendia a população do povoado.
Em 1913, novos colonizadores foram adquirindo terras, ampliando as áreas de cultivo, abrindo estradas, construindo casas, etc.
Em 1919, vieram os colonizadores italianos, sendo ainda alguns nascidos na Itália, que residiam no município de Luiz Alves, tal como a família Tomaselli, Cândido, Antônio, João Maria. Seus descendentes nascidos no Brasil: Jerônimo, Aníbal e Santos, abriram caminho para que fosse possível o cultivo dessas terras. É com Jerônimo Tomaselli também que se põe em funcionamento mais uma serraria na nova povoação, movida a força d’água.
As atividades foras se diversificando e logo surgiu uma olaria nas proximidades de rio Hern. O senhor Gotlieb fazia o comercio a varejo, e a compra de produtos agropecuários também se difundiu.
Assim como o loiro imigrante trouxe de sua pátria de origem a cultura, a civilização, os costumes e tradições que transmitiu aos seus filhos e netos, também o italiano trouxe de sua pátria o jogo de bocha, a polenta e a coragem de desbravador.
O hábito da língua se manteve por muitos anos por parte dos colonizadores alemães. Depoimentos colhidos mostram que na época da Segunda Guerra Mundial havia espiões que passavam perto das casas durante a noite, quando a família se reunia para investigar se havia pessoas falando a língua alemã, pois na época os que assim procediam estariam conspirando contra os compatriotas e a favor do REICH. Também não se podia ouvir o rádio onde as emissoras transmitissem na língua alemã.
Conforme Deliberação Normativa nº 357 da EMBRATUR, o município de Schroeder é considerado prioritário para o desenvolvimento do turismo.
Schroeder é conhecida como a “Caminho da Natureza e Aventura”, e começa a cultivar o Turismo Rural e o Ecoturismo que ganham força na região. O município possui grande área de Mata Atlântica preservada com grande incidência de animais silvestres, cachoeiras, rios de águas límpidas e uma diversidade vegetal impressionante, além de contar com a hospitalidade do povo schroedense e sua cultura, gastronomia e arquitetura típica que podem ser observadas em todo o município. A economia do município, entre outros meios, é baseada no plantio, cultivo e produção de banana.